Segundo o ortopedista, cirurgião de coluna vertebral e professor da Faculdade de Medicina Santa Marcelina, Luiz Cláudio Lacerda, o motivo se dá porque durante a gravidez o corpo da mulher passa por alterações inevitáveis com o intuito de se preparar para o parto.
“Mudanças do centro de equilíbrio, aumento do peso, estiramento dos ligamentos da coluna, da musculatura do abdome e das costas, frouxidão das articulações da coluna e alterações hormonais são os principais causadores do problema. Além disso, dependendo das exigências do trabalho realizado pela gestante, como por exemplo, ficar muito tempo sentada, ou seja, em uma mesma posição, poderá piorar ainda mais este sintoma.
O tratamento é prolongado e inclui alongamento de todos os grupos musculares envolvidos na marcha, como atividades na água sem carga (muito úteis no controle da dor) e caminhadas (ajudam no condicionamento físico e bem estar). Mas lembrando que qualquer atividade física, por mais leve que seja , só pode ser começada após a avaliação do obstetra, pois uma gestante sedentária que resolve iniciar atividades pode gerar problemas para o bebê e ate comprometer a própria gestação.
No ambiente de trabalho, mudanças da posição (por exemplo: se estiver sentada levantar-se por alguns minutos) a cada hora são essenciais para evitar sobrecargas nas articulações e no disco intervertebral. Calçados confortáveis também são muito úteis no controle da dor. “Em caso de dor persistente na região da coluna, a gestante deve procurar um especialista para que sejam descartadas outras doenças que não estejam relacionadas com a gravidez.