Segundo o estudo que realizei o câncer de mama é o principal responsável por enviar metástases para a coluna vertebral, seja no segmento torácico ou lombar. A região é a mais afetada por esse tipo de tumores, com uma incidência de até 80% nos pacientes que possuem um câncer sistêmico. Esse processo ocorre, porque as células cancerosas se rompem do tumor original e percorrem o corpo, e são levadas para os ossos através do sistema linfático ou sanguíneo.
Durante o estudo também foi possível concluir que 75% dos tumores na coluna originaram-se da mama. De acordo com as análises feitas, são raros os casos em que os tumores da coluna sejam oriundos das células que compõem a própria região, normalmente essa incidência ocorre quando são benignos, o que representa somente 10% do total de casos.
Os sintomas do câncer na coluna, na maioria das vezes, costumam se concentrar na própria região. Pode haver dor, principalmente na região da vértebra acometida, ou ainda fraqueza hora de realizar movimentos. Em alguns casos, esses sintomas se alastram também para os braços e pernas, dependendo da sua localização. Algumas pessoas chegam a encontram dificuldade em urinar ou apresentam paralisia, geralmente em estágios mais graves. No entanto, muitas vezes a dor pode ser confundida com outros problemas ou ainda com uma simples fratura da coluna e, por isso, é importante ficar atento aos demais sinais e procurar por um médico imediatamente. O diagnóstico é realizado com a ajuda de exames, como raio-x, tomografia e ressonância magnética, que permitem encontrar o tumor por meio das imagens.
Para o tratamento, a cirurgia pode ser indicada, pois assim é feita a remoção completa, em alguns casos, ou a reconstituição da coluna, o que é o mais comum, a fim de diminuir a dor e devolver certa mobilidade ao paciente. Sessões de radioterapia e quimioterapia também são necessárias, porém o tratamento do câncer na coluna pode variar muito de acordo com o caso, tipo de tumor, estágio, localização e riscos para o paciente. Deste modo, é necessária uma avaliação individual e multidisciplinar com ortopedista, oncologista, neurocirurgião, nutrólogo, fisioterapeuta e até mesmo psicólogo.