A escoliose é definida como qualquer curva que ocorra na coluna vertebral, quando a olhamos de frente. Elas são sempre anômalas ou patológicas e sua investigação deve ser realizada.
Quando diagnosticamos esta deformidade, a primeira coisa que devemos pensar é que na maioria das vezes a alteração da anatomia da coluna é um sinal e não uma doença, devendo sempre investigar o porquê. Existem inúmeras causas de escoliose, como por exemplo: Hérnia de Disco, falhas de formação da coluna, Neurofibromatose e doenças neurológicas, cada qual predominante na faixa etária e com tratamento específicos.
A Escoliose Idiopática é outra modalidade da deformidade e recebe este nome, pois, até os dias de hoje, não foram descobertas suas causas. Elas se caracterizam por uma deformidade rígida da coluna associada a um desvio rotacional da vértebra, o que causa uma deformidade estética importante da coluna, além de comprometimento da capacidade respiratória e sobrecarga do coração. A evolução desta doença é incerta, o que sabemos é que o problema é progressivo, principalmente durante a fase do crescimento, e algumas curvas tendem a piorar mesmo após o término da adolescência.
A apresentação da Escoliose Idiopática é variada, devido a inúmeros fatores, tais como: local da curva principal, número de vertebras acometidas, e rotação que acomete as vertebras ligadas às costelas. Os sinais externos que observamos são altura assimétrica dos ombros, das mamas e da cintura. O diagnóstico muitas vezes é feito por um professo de educação física, natação ou balé; em algumas situações quando alguém observa uma alteração no caimento das roupas. As queixas dolorosas são raras na adolescência e, caso estejam presentes, devem sempre ser investigadas e outros diagnósticos pensados.
Para iniciar a pesquisa da doença e definir o tratamento mais adequado, um Raio-X simples da coluna vertebral, de frente e de lado feito em pé, são realizados, a necessidade de outros exames depende de cada caso, pois tratamos pessoas e não doenças, e uma investigação mais direcionada depende de um exame clínico detalhado.
O tratamento desta deformidade deve ser direcionado, e depende dos ângulos. De maneira generalizada, angulação abaixo de 25º tem tratamento clínico e observação, curvas acima de 25º e que apresentam uma piora no acompanhamento têm indicação de colete. E curvas com ângulos superiores a 45º tendem a ser cirúrgica, mas sempre com um acompanhamento detalhado e esgotado todas as outras possibilidades devido ao risco do procedimento. Tanto o médico, quanto o paciente e a família devem discutir exaustivamente o caso.
O tratamento conjunto com natação e pilates é sempre bem-vindo, tanto em condições patológicas como em paciente hígidos, auxiliando em inúmeras condições que acometem a coluna vertebral. O acompanhamento com um especialista também é muito importante para direcionar o melhor tratamento.