A espondilolistese é uma lesão que causa dor nas costas, sobretudo, na região lombar, e pode atingir desde atletas a idosos. Esse transtorno é classificado em cinco tipos distintos. São eles: displásico, istmico, degenerativo, traumático e patológico. Saiba como diferenciar essa doença das demais que acometem as costas.

A espondilolistese é uma alteração associada ao deslizamento no sentido anterior, de uma vértebra da coluna, sobre o corpo vertebral adjacente. O nome dela se origina das palavras gregas spondylo e olisthesis que, respectivamente, significam vertebra e escorregamento.

Quando o deslizamento é pequeno, as lesões são classificadas como espondilolistese grau 1 e espondilolistese grau 2 que, respectivamente, representam o grau de escorregamento de uma vértebra sobre a outra. Sendo os escorregamentos mais severos divididos entre os graus 3, ate 75%, grau 4 ate 100% e mais dramático o grau 5 onde uma vertebra literalmente cai anteriormente a outra.

Em geral, a doença acomete pessoas de todas as faixas etárias, cada faixa etária tem um tipo especifico, tido como uma das principais responsáveis por cirurgias na região lombar a partir dos 65 anos de idade.

O surgimento da espondilolistese está associado a cinco causas comuns. A primeira é a displásica, também chamada de congênita, em que o paciente apresenta defeito na formação da coluna vertebral na região das articulações posteriores. A manifestação desse transtorno pode acontecer em qualquer período da vida, porem é mais comum nos adolescentes e adultos jovens.

A segunda causa é a ístmica, na qual o indivíduo apresenta trauma no istmo vertebral, região mais exposta da vertebra a traumas de repeticão. Geralmente ocorre em praticantes de esportes de contato, como o boxe, artes marciais mistas (MMA), taekwondo, jiu jitsu, muay thai, judô, karatê, sendo também muito observado em praticantes de ginastica olímpica.

O terceiro é a espondilolistese degenerativa, que decorre do envelhecimento. Por isso essa lesão se manifesta em pacientes com idade superior aos 50 anos, sendo muito mais comum nas mulheres.

O quarto e o quinto tipo de espondilolistese são a traumática e a patológica. Nessa primeira, como o próprio nome já diz, a doença se manifesta a partir de um trauma que, invariavelmente, poderá evoluir devido a uma fratura associado ou não a rompimento dos ligamentos. Já a patológica compreende escorregamentos originados por outros tipos de doenças, como reumatismos, tumores e enfermidades autoimunes.

Tendo um quadro clínico muito variado, como existe uma variação de causas e intensidades para cada indivíduo, a espondilolistese pode se manifestar de várias formas. As mais comuns são as dores nas costas. Mas esse sintoma vem acompanhado de outros alertas do corpo como formigamentos, depressões da pele, contratura na musculatura da coxa, e até dor que se espalha para os membros inferiores.

Embora mais difícil, a espondilolistese lombar também pode causar emagrecimento, alterações de sensibilidade em membros inferiores, fraqueza e até insônia ocasionada por dores nas costas. Nos casos extremos é constatado que o paciente pode perder a mobilidade e a coordenação das pernas e dos pés.

Para cada caso é necessário que haja uma apuração completa por parte do médico responsável, já que existem inúmeras doenças na região lombar que refletem esses mesmos tipos de sintomas. As mais comuns são a hérnia de disco, estenose de canal lombar a artrose facetária que, assim como a espondilolistese lombar, provoca intensas dores nas costas.

Por isso o check-up deve ser realizado por meio de exames como radiografias, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Tendo diversas modalidades terapêutica: A primeira medida de combate ao problema é amenizar a dor lombar. Sendo que esta pode, inclusive, beirar o insuportável. Remédios simples como analgésicos, anti-inflamatórios e opiódes ajudam a suavizar o transtorno.

Já em casos mais graves, em que o paciente não obtém resposta dos medicamentos, aconselha-se o tratamento por meios fisioterapêuticos e até cirúrgicos.

Os tratamentos mais comum são a Reeducação Postura Global (RPG ) e o Pilates. Esses métodos de reabilitação permitem fortalecer os músculos das costas, além de propiciar mais sustentação para a coluna lesionada. Os profissionais de fisioterapia recomendam alongamentos, entre outros exercícios que visam a correção articular. Além da significativa melhora no quadro doloroso, o paciente diminui a incidência de progressões e recaídas da doença.

Mas em casos mais graves como dor de caráter intratável, escorregamentos acima de 50% de um corpo vertebral sobre o outro e perda de força nas pernas, a cirurgia pode estar indicada, sendo que a melhor técnica deverá ser discutida com médico assistente e o paciente.

Rx onde podemos observar o escorregamento de uma vertebra sobre a outra, sendo visível o escorregamento (bordas brancas e o degrau, linha vermelha).